quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Eu sou a Lenda (I am Legend)

Coincidência ou não, foi o tempo do filme acabar e no momento em que abri as persianas pude ver que já chegara a claridade lá fora, e mesmo estando o céu nublado, o sol, ao prenuncio dos créditos finais de “Eu sou a Lenda”, dava o seu ar da graça. Praticamente um milagre divino considerando que eu estava justamente indo conferir a preocupante inexistência de blindagem na minha janela.

São 05:05h agora, estou a dois dias sem dormir e tenho algumas considerações a fazer sobre a película que acabo de videar. Alguns se lembram do trailer espetacular de Laranja Mecânica? Um monte de recortes rápidos com a tela piscando em tons alaranjados, vermelhos, azuis e com praticamente um adjetivo por frame resumindo o filme – Satiric, Musical, Exciting, Bethoveen, Bizarre, Thrilling, Political, Bethoveen etc – pois é, resumindo o “Eu sou a lenda” poderíamos dizer: Emocionante, Bizarro, Bob Marley, Empolgante, Assustador, Político (por que não?) e Bob Marley etc, apenas com os cortes do Will Smith mancando, tentando correr, perseguido por aqueles “zumbis” bizarros e inteligentes.

Num futuro próximo, 2009, o homem cria um vírus mortal, o vírus Krypton (por que “krypton” não me perguntem), e o que era pra ser a cura do câncer acaba dizimando praticamente toda a população mundial. Os que restaram são vítimas mutantes da praga, obrigadas a viver na escuridão por não sobreviverem ao sol, todos, exceto por um, isto é, dois, o cientista Robert Neville (Will Smith) e a cadela Sam, de alguma forma, imunes ao vírus. Agora, em 2013, as noites nova-iorquinas não podiam ser mais infelizes, enquanto as criaturas perseguem o rastro do doutor Neville, este busca incessantemente por algum outro sobrevivente e pela cura para a raça humana através de seu sangue imune.

Dirigido por Francis Lawrence, o mesmo cara que dirigiu Constantine, outro puta filme. “I am legend" é uma adaptação da história homônima [esperei anos pra usar essa palavra] de Richard Matheson, a qual já teve duas adaptações passadas (The Last Man on Earth, 1964 e The Omega Man, 1971). E antes que eu me esqueça: a terceira personagem na escala de importância do filme [isso porque considerei o cachorro como segundo] é interpretada por uma brasileira, Alice Braga – que está muito bem, é bom que se diga –, aquela do filme Cidade Baixa ou para os que não viram esse, aquela que faz a putinha de asfalto namorada do playboy, depois do Buscapé e depois do Bené no Cidade de Deus.

O filme peca um pouco por apresentar às vezes passagens monótonas, contribuindo para um ritmo de lentidão, mas nada como bons sustos para remediar isso; enfim, como diriam os seres rapadurianos do blog Farelo na Poltrona, é um filmásso né cara! E embora, o filme tenda a passar uma tensão a cada segundo, fui até capaz de me divertir com as perturbações psicológicas que sofre o nosso amigo Will pelo estado de solidão extrema, bem diferente daquele humor mais escrachado que estamos acostumados a ver no ator.

Estou espectador fresco ainda, por isso, posso estar até superestimando o filme e se este for o caso, a causa seria muito simples: considerei fantástica a relação que esta adaptação fez com a lenda da história e a lenda real do reggae Bob Marley, com direito a até uma historinha biográfica contada no meio do filme, mas como possuo um pôster do rei na porta do quarto, acabo ficando suspeito para continuar, considerando que a jogada súbita de redemption song nos créditos finais contribuíram em muito para que eu, ainda um pouco assustado pelo escuro da janela coberta, ao final pronunciasse: “filmásso!”

Eu sou A Lenda (I Am Legend) / Francis Lawrence (dir) / Ficção científica / Warner Bros. / EUA / 18 de Janeiro de 2008 / Trailer

PS: E aquele outdoor que aparece no começo do filme, com o símbolo do S do Superman dentro do símbolo do morcego do Batman.. Algum prelúdio da Warner Bros?

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Top 10 álbuns estrangeiros de todos os tempos

Critérios: Cada artista pôde ter apenas um único álbum listado, para dessa maneira, ceder espaço a outros artistas que não Beatles, Radiohead e Led Zeppelin.

1. The White Album (The Beatles)
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2. Ok Computer (Radiohead)
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3. Elvis Presley (Elvis Presley, 1956)
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4. Led Zeppelin I (Led Zeppelin)
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5. Live at the Regal (B.B. King)
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6. Use your Illusion II (Guns N' Roses)
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7. Nevermind (Nirvana)
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8. Uprising (Bob Maley)
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9. Human Clay (Creed)
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10. Employment (Kaiser Chiefs)
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Top 10 álbuns brasileiros de todos os tempos

Critérios: Cada artista pôde ter apenas um único álbum listado, para dessa maneira, ceder espaço a outros artistas que não Chico Buarque, Vinicius e Tom Zé.

1. Chico Buarque de Hollanda Volume 3 (Chico Buarque)
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2. Os Afro-sambas (Baden Powell, Quarteto em Cy e Vinícius de Moraes)
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3. Novos Baianos Futebol Clube (Novos Baianos)
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4. Todos os Olhos (Tom Zé)
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5. Circuladô (Caetano Veloso)
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6. Canções Praieiras (Dorival Caymmi)
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7. Tecnicolor (Os Mutantes)
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8. Dois (Legião Urbana)
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9. Longe demais das capitais (Engenheiros do Hawaii)
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10. Tropicalia Ou Panis Et Circenses
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10,1. Krig-Ha Bandolo (Raul!)
Raul Seixas - 1973 - KRIG-HA, BANDOLO!