Blog de Gleyson Lima Santos (Kakaroto) criado em 2004. Recém-ressuscitado.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
.58 Ato
I (III)
Contato em teu pelo caro
Antes casto ora amado
Assim risco tua odre
E vou te estragando com tato
Ao deitar tua pele em cardos
Safo teu corpo e tua sorte
Sigo decompondo tua pureza estreme
Tu, culpa-se, range os dentes
Soltas gemidos de morte
II (IV)
Sentes a vida n'alma
Minha boca que saliva e lava
Teus membros, teu tímpano, teu espaço
Aborrota-se de prazer
Esgota-se o não-dever
Tudo parece certo e exato
Tornas-te precisa
Aguda, inconsciente, passiva
Entregas-te, enfim, ao diacho
III (V)
De súbito, as ervas
Envolvem-me, às pressas
Invadem meu faro
Arrepia-se a espinha
Abrem-se os poros que irradiam
Gotas de brilho próprio e vasto
Neste lapso me tens
Então sou teu escravo que vem
Molhar teu colo... Encher teu vaso
IV (VI)
Agarro-te com violência
Tu, sem resistências
Deixa-te do medo incomum
Solto tua carne e assisto
Volto diante de teu riso
E mordo teu pedaço cru
Vejo teu cabelo embaraçar
Tua loucura a aflorar
Em movimentos dum lindo nu
V (VII)
Vou te desenhando com a face
O dorso, o colo, todo e em partes
Traço pernas, coxas e tornozelos
Sigo por teus pés e insisto
Deslizo, paro em teu umbigo
Beijo-o com doce mimo e desvelo
Deixo-te absortas marcas
Busco teu braço, tua axila resvalada
Encontro a intrepidez de teu belo seio
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É impressão minha ou tudo nessa página tem um quê de pornográfico...?
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