quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Top 10 álbuns de 2010

Só foi no final de quando estava fazendo esta lista que reparei a agradável peculiariedade de todos os álbuns serem de artistas brasileiros (sobretudo brasileiras).. surpreso, achei que havia esquecido completamente de incluir os gringos; mas depois de consultar o last.fm, comprovei que dos trabalhos daquele ano realmente os nacionais preponderam nas coisas que escutei. Muito porque recentemente, no campo internacional, fiquei restrito à revisão de coisas mais antigas, como Koola Lobitos (primeira banda do Fela Kuti), Anita O´Day e o sensacional Raising Sand de Robert Plant & Alison Krauss, eis porque eu talvez tenha negligenciado – confesso – lançamentos teoricamente relevantes (a mim, digo) de 2010, principalmente o falado The Suburbs de Arcade Fire e The Drums de The Drums. Enfim, desculpas à parte, o importante é que a MPB nova geração está dominando, finalmente, o mercado fonográfico (ou não) (eu acho), digamos só então que está ganhando cada vez mais seu merecido espaço (o meu, pelo menos), o que fica claro no Top 2011 por vir. Sem mais enrolação, a lista dos 10 melhores álbuns de 2010 que ouvi: 
10
Escucha: #4 – Dons ton lle
#6 – Não tema
#9 – Flor vermelha
9
Escucha: #3 - Rinha (já ouviu falar?)
#6 - Então toma
#8 - Rua Augusta
8
Escucha: #2 - Por Aí
#3 - Embrace My Heart And Atay
#6 - Drop The Bombs
7
Escucha: #6 - 1:54
#5 - É só uma impressão, meu bem
#10 - Por certa vez
[Adendo: recomendação de Laís Vinhas] #11 - A gente ainda pode ir pro bar (música que como ela mesmo disse "é uma das que mais gosto de ouvir no carro.. hihihi")

6
Escucha: #1 – Efêmera
#4 – Pedrinho
#7 – Brocal Dourado
[Adendo: recomendações de Laís Vinhas] #9 - Às vezes e #11 Só sei dançar com você
5
Escucha: #1 – Não consigo
#2 – Me sara
#6 – Aquele cara
4
Escucha: #1 – Não se vá
#3 – Forasteiro
#6 – Fuga nº1
3
Escucha: #3 – Prédio
#4 – Maria Augusta
#7 – Nescafé
2
Escucha: #2 – Fiu Fiu
#5 Vê se fica bem
#7 – As palavras
[Adendo: recomendação de Laís Vinhas] #8 - Bicicletas, bolos e outras alegrias
1
Escucha: #6 – Pra sonhar
#10 – Tempestade
#13 – Feito pra acabar
## – Todas
Quase entraram (menção honrosa):
Eu Menti Pra Você - Karina Buhr
Estática - Marcos Valle
Diminuto - Carlinhos Brown
Do Amor - Do Amor
Marina de La Riva Ao Vivo - Marina de La Riva

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Coração


Coração,
Arrebata-me
Leva-me
Tira-me com violência
Priva-me de mim
Arranca-me dessa tumbice que sou
Tem-me irascível
Mas fala, grita, esbraveja
Cala-me a boca
Pra que tudo que eu deseje
Seja sua força
Mesmo à força

sábado, 27 de agosto de 2011

Álbuns que terminam com lullabies

Já há algum tempo eu havia notado, nos CDs que “possuo”, que vários deles têm uma lullaby, ou canção de ninar, e, curiosamente, as lullabies desses álbuns estão sempre na última faixa do disco. Tomado pelo desejo de fazer uma lista disso, segue, então, alguns dos exemplos que aprecio mais. Caso alguém tenha/lembre de outros, por favor, passe-me nos comentários.

Construção – Chico Buarque (1971)

construcao #10: Acalanto (1:38)


Cantar – Gal Costa (1974)

1974_cantar #11: Chululu (0:57)

Weathered – Creed (2001)

Creed Weathered #11: Lullaby (3:06)

Qualquer coisa – Caetano Veloso (1975)

Qualquer Coisa #12: Nicinha (0:46)


Rejoicing In the Hands – Devendra Banhart (2004)

front

#16: Autumn's Child (2:40)

Infinito Particular – Marisa Monte (2006)

infinito_particular

#13 Pelo tempo que durar (3:27)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Oremos

Estudantes, operadores, juristas, colegas advogados:

Orai por nosso falido Código de Processo Penal, que de tanto ir mal das pernas, já não se sustenta mais, nem agüenta aqueles que ofendem ou aqueles que são ofendidos.

E orai, sobretudo, amigos, pelo Inquérito Policial, para que este enfim encontre seu merecido descanso eterno, e reste só como mais uma de nossas mazelas históricas.

(Juntos:)

Ó, Pai, também pedimos pelos escrivães: cuida deles, Senhor.

Fazei deles doutores em paciência. E principalmente para aqueles lotados em delegacias de polícia, trazei-lhes sua luz, meu Pai.

Pedimos, pois que é de direito. Senhor, escutai a nossa prece.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cartilha do advogado arrojado (I)

Advogado, ao entrar na Delegacia de Polícia, não dê bom dia/tarde ao escrivão, dê-lhe logo um beijo na boca e recite o seguinte trecho do primeiro terceto de Versos Íntimos de Augusto dos Anjos:

“O beijo, amigo, é a véspera do escarro”.[i]

Ao fim, mande chamar imediatamente o delegado. Com alguma sorte, ele não entenderá nada (nem o verso).


[i] Augusto dos Anjos – Versos Íntimos. In Livro dos Sonetos: 1500-1900 (poetas portugueses e brasileiros). Org. de Sergio Faraco. Porto Alegre: L&PM, 1997, p. 94)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

AFK

sopa_de_letras[1]
Não sei mais escrever, agora só sei peticionar. Nada de desenvolver uma linha de pensamento pessoal, hoje só escrevo de acordo a lei e o caso estudado. Não sei  mais redigir 30 linhas de espontaneidade, que dirá 2 laudas, o que faço é tuitar em até 140 caracteres. Importa-me o sintético. É o fim do analítico. Sério! Não é crítica. Até porque eu não mais saberia como escrever uma. É um desabafo.. uma constatação.. não me recordo da última vez que peguei meu caderninho da gaveta, na madrugada, e escrevi.. só por escrever.

Do que restou da protopoesia? Hoje fui reler alguns velhos e nem sequer tive coragem de refazê-los/corrigi-los (ímpeto que sempre acometia-me (sempre)). Agora vivo de “curtidas” e comentários, duas, três palavras no máximo. No meu email, sinceramente, há muito que nem entro mais, acho que tenho medo de que lá haja algum email que mereça uma resposta. Ora, o email é um espaço infinito, não há limitações. Como preencher um espaço tão grande ante nosso moderno mundo atual em que tudo anda, fala, pensa, transmite-se tão depressa?

Devo ter medo. Medo de que o que eu escreva já tenha sido escrito há apenas 2 minutes ago, ou talvez o meu receio seja de que minha opinião não interesse a quem me segue.. Isso explicaria o porquê de eu não mais dar opinião e simplesmente retuitar notícias. O que fazer? Sou mero produto do meio? Sim, concordo. Mas e aí, quer dizer que eu não tenho escolhas? Não pode ser só isso. (Acho que é isso também) Por que sempre queremos pôr a culpa em outra coisa? ... Agora já começo a divagar e a complicar para o leitor... Vê? Como não consigo escrever? Mas o que querem de mim? O que esperam? A faculdade me deixou BURRRO! Já assim explicou @salihamidzic e por isso não me despenderei no assunto.

Mas a despeito disso, que lhe interessam o que escrevo? Interessante ou não.. bom ou ruim.. para falar a verdade, acho que antigamente eu só escrevia porque achava bonito ver meus textos publicados no blog. Hoje parece que tudo que eu escrevo tem que ter uma serventia. Talvez seja esta a causa de meu receio. E se eu escrevesse sem ter por que, sem por e pra onde? Então possivelmente você não me levaria a sério. Mas quem realmente quer algo assim? Eu nem sei mais sobre o que eu estava falando no primeiro parágrafo. Bom, eu te avisei. Ê lelê..